Fala-se, por exemplo, do termo “stempathy”, que une as habilidades STEAM (sigla em inglês para ciência, tecnologia, engenharia e matemática).
Marco Zanini, colunista do periódico “valor”, ao responder a pergunta de uma atendente portadora de deficiência sobre a melhor maneira de buscar uma profissão, dá bons exemplos.
Uma das características do mundo atual é que há mais trabalho do que emprego. É a capacidade de resolver questões de outras pessoas.
Zanini sugeriu para essa pessoa, originalmente, publicitária, portadora de baixa visão, criar um blog sobre a dificuldade de inserção desse público no ambiente laboral.
Desenvolve-se a empatia ao entender as “dores” dos singulares. Cria-se um modelo de negócios fundamentado em tecnologias da informação para aproximá-los do mercado.
Como a empresa pode desenvolver talentos com base na união entre profissão e empatia, certificando habilidades?
A tese de doutoramento “A Certificação profissional como Ferramenta de Gestão de Pessoas”, escrita por Clarisse Droval dá boas dicas nesse sentido.
Os problemas da clientela podem fornecer um ambiente prático para o refino das habilidades STEAM. É a certificação profissional (a profissão em si).
E existe, também, a licença para o profissional executar um serviço.
A licença enquadra formalmente o vínculo entre profissional e cliente.
Noutras palavas: "Legaliza" a empatia (habilidade humana em gerar conexão e resolver problemas): Por mais que a entrega de experiências de valor seja única.
Trata-se de um método de licença um tanto quanto precária, mas, necessária para legalizar as propostas de valor entregues.
Já a acreditação é um processo voluntário de reconhecimento de uma instância educativa, como faculdades, universidades ou escolas, por uma associação.
Como pensar na aplicabilidade desses conceitos numa Blumenau carente de trabalho?
Exemplo: Lembram-se do caso da pessoa excepcional formada em publicidade que recebeu o conselho para criar um blog com dicas profissionais para pessoas singulares?
Após alguns testes práticos sobre programação de blogs e estratégias de comunicação, a pessoa em questão pode ser certificada na área de publicidade, mas, não antes de sair da faculdade já com um modelo de negócios pronto (o blog).
O blog é um modelo de inovação cujo funcionamento repousa em estratégias publicitárias (certificação) para criar vínculos com clientes.
É um modelo de negócios com stakeholders (outras empresas) e precisa de um licenciamento para oficializar essas parcerias.
Nesse mundo avançado, o modelo de negócios, através da empatia, funciona para construir relacionamentos para que o profissional consiga validar as próprias soluções com o público.
A própria blogueira pode aproximar leitores singulares e empresas de escritórios de advocacia para validar contratações desses primeiros.
O licenciamento, ao validar propostas de valor que cria relações entre clientela e diversos profissionais, gera muitos trabalhos e cada vez mais, valida outros modelos de negócios.
Sugere-se que o blog, como outras inovações, esteja "conectado" com Universidades. Porque cada vez que uma inovação destruir um modelo de serviço antigo, comunica-se o fato às Universidades e às associações profissionais para a constante o remanejamento de profissionais cujo saber ficou inutilizável.
Penso que, assim, dentro desse quadro jurídico do trabalho do futuro, cria-se condições para gerar demanda e soluções, oportunizando uma boa vida para todos.
E assim, nada mais apropriado para terminar o texto com uma citação de Kyle Reese: “Não há destino se não o que fazemos”.
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